Resenhas

15º postagem: resenha Desaparecido para Sempre

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Um romance policial que, para variar, tira nosso fôlego. Esse é o dom de Harlan Coben.

O autor já tem diversos livros lançados pela Arqueiro, todos eles com um tema específico: algo aconteceu na vida de uma pessoa e isso deixou um trauma, algum tempo depois a história volta e precisa ser esclarecida. Porém, mesmo com uma narrativa base, Coben desenvolve a história de um jeito que não conseguimos desviar o olhar.

Desaparecido para Sempre conta a história de Will, um jovem que trabalha em um abrigo para crianças de rua e que acabou de perder a mãe. Porém, não é apenas a tristeza pela mãe que ele carrega no peito. Seu irmão Ken está foragido há 11 anos e é acusado de matar Julie Miller, ex namorada de Will. Mesmo com esse peso, ele seguiu sua vida.

Mas, logo depois do enterro de sua mãe, Sheila, sua namorada, desaparece sem deixar pistas. Com isso, a vida de Will vira de cabeça para baixo. Ele começa a procurar Sheila, mas acaba descobrindo o passado de sua namorada, pensando duas vezes antes de continuar sua busca. Nesse meio tempo, a história de Sheila acaba se juntando com a de Julie, consequentemente, com a de Ken e Will não sabe mais o que pensar.

Entre conversas com membros do FBI e com antigos e violentos cafetões, nas ruas escuras de New Jersey, Will usa seu tempo para tentar encontrar uma forma de entender tudo isso, mas não esquece de sua vida normal, tentando resgatar crianças da prostituição e das drogas que assolam as noites frias dos becos.

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Até a última página tem revelações 

A narrativa nos leva a ter um pensamento desde o começo do livro. “Tudo bem, esse aqui matou ela, aquele ali ajudou, o outro saiu correndo por isso as digitais estavam na cena do crime, mas ele não é culpado.” E você vai com esse pensamento até o final do livro, onde tudo acaba bem e esclarecido. PORÉM, não seria Harlan Coben se no final tudo que pensávamos fosse um mentira. A história vira de pernas para o ar. Precisamos aprender a ler Harlan Coben, não criar expectativas e não se prender a ideias primárias.

O livro se passa em um período de tempo muito curto, duas semanas mais ou menos até o final. Acho isso muito legal, pois não percebemos esse detalhe durante a narrativa, só em algumas passagens, quando falam alguma frase sem relevância que nos lembra isso. “No fim, a mais desagradável das verdades é preferível à mais bela mentira” é definitivamente a frase do livro, pois quando todos os enigmas estavam resolvidos e tudo estava voltando ao normal, até a última página traz revelações surpreendentes.

Will tem ajuda de algumas pessoas na sua jornada, entre elas uma prostituta chamada Rachel, Squares, um ex militante nazista que hoje é professor em sua própria rede de escolas de yoga e uma jornalista chamada Yvonne, que eu achei que foi tirada de cena muito rápido, teve algumas passagens bem importantes no livro, mas seu fim poderia ter sido desenvolvido melhor.

Essa é a magia de ler Harlan Coben. É o meu terceiro livro do autor e continuo achando as histórias bem gostosas de ler. É uma leitura rápida e fácil. Com personagens envolventes e bem característicos, 318 páginas de pura ação e raciocínio.

Um dos livros de maior sucesso de Harlan, Não Conte a Ninguém foi transformada em filme francês! Veja o trailer

Espero que tenham gostado

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Beijos
C.S.

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